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História do CDS

O Ginásio Diocesano Seridoense foi fundado em 1º de março de 1942 pelo primeiro bispo da Diocese de Caicó-RN, Dom José de Medeiros Delgado, iniciando suas atividades escolares com 41 alunos matriculados nos cursos de primário e admissão. A primeira diretoria do GDS, nomeada pelo então bispo Dom Delgado, ficou assim constituída:

  • Diretor: Mons. Walfredo Gurgel
  • Vice Diretor: Pe. Manuel da Costa
  • Secretário: Pe. Mário Damasceno
  • Diretor Espiritual: Pe. Milton Medeiros

Em 1960, o bispo da época, Dom Manuel Tavares de Araújo, fundou o Colégio Comercial Seridoense, atendendo à necessidade de dar à região um curso noturno de 2º ciclo, que mais se coadunasse com as possibilidades da região e do povo e passou a receber alunos do sexo feminino. Em 1964, devido ao grande número de alunos a requerer matrícula, o Colégio ampliou as suas instalações e criou o primeiro curso Científico da Região do Seridó.

Ao longo dos seus quase 100 anos de história, o Ginásio Diocesano Seridoense (atual Colégio Diocesano Seridoense) funcionou sempre no mesmo prédio, em frente ao Riacho das Salinas, construído em terras de propriedade da diocese. Passou o velho casarão, do antigo Bairro da Paraíba, por algumas reformas indispensáveis, adaptando suas instalações às necessidades de cada época.

O CDS é uma instituição pertencente à Diocese de Caicó-RN, cujo presidente é Dom Antonio Carlos Cruz Santos (MSC) bispo diocesano e desde o dia 02 fevereiro de 2015 seu atual e 7º diretor é o Pe. Francisco de Assis Costa da Silva. Esta trajetória vitoriosa é a copa da grande árvore plantada por Dom José Delgado e tão bem regada por seus diretores, professores, funcionários, alunos e familiares. Depois de tudo e de tanto, só temos que apreciar o brasão firme e imponente e repetirmos ao Senhor, como fez Dom Delgado: "Ita Pater" – Sim, Pai!


Ex-diretores do CDS:

  1. Mons. Walfredo Dantas Gurgel (1942 – 1946 e 1955 - 1961);
  2. Pe. Manuel da Costa (1946 – 1950);
  3. Pe. Sinval Laurentino (1950 – 1952);
  4. Pe. José Celestino Galvão (1952 – 1955);
  5. Pe. Itan Pereira da Silva (1961 – 1964);
  6. Mons. Ausônio Tércio de Araújo (1964 – 2015).

Personalidades

  • Dom José de Medeiros Delgado – 1º Bispo de Caicó e Fundador do CDS

    O Primeiro bispo da Diocese de Caicó nasceu na fazenda Timbaúba, município de Pombal, hoje cidade de Condado, no alto sertão da Paraíba, aos 28 de julho 1905. Era filho de Manoel Porfírio Delgado e Francisca de Medeiros Delgado (nascida em Serra Negra do Norte – RN). Foi escolhido primeiro bispo de Caicó, no dia 15 de março de 1941, pelo Papa Pio XII. Recebeu a ordenação episcopal das mãos de Dom Moisés Sizenando Coelho, arcebispo da Paraíba, no dia 29 de junho do mesmo ano. Empossado na diocese de Caicó, em 26 de julho de 1941, governou o bispado até janeiro de 1952. Em 1º de março 1942, portanto, em menos de 1 ano como bispo da diocese de Caicó, fundou o Ginásio Diocesano Seridoense, atual CDS.

    De Caicó, foi transferido para São Luís do Maranhão, em 04 de setembro de 1951, tendo sido recebido na Arquidiocese de São Luís em 3 de fevereiro de 1952. Tomado de surpresa, após conhecer pessoalmente João XXXIII, fora nomeado por este para a arquidiocese de Fortaleza, no dia 11 de maio de 1963. Em 04 de abril de 1973 renunciou ao governo do arcebispado: “Paulo VI concedeu-me a liberdade de que hoje desfruto como simples pregador da Palavra de Deus, sem mais obrigação do governo diocesano, nas proximidades de completador 68 anos”.

    Além de grande pastor e teólogo, Dom Delgado distinguiu-se pela sua erudição e profundidade intelectual. Foi autor de 32 obras publicadas, inclusive com prefácios de Alceu de Amoroso Lima e Rachel de Queirós, dos quais era grande amigo. Marcou época no Maranhão, gozando de grande prestígio religioso, cultural, social e era respeitado por todos. Uma prova disso está no convite especial para ser padrinho de batismo da ex-governadora Roseana Sarney , além de ter presidido a cerimônia de casamento religioso de seus pais José Sarney e Marly Sarney.

    Mantinha correspondência assídua com personalidades de vários estados, dentre eles: Oswaldo Lamartine, Monsenhor Expedito Sobral de Medeiros, Josué Montello, Tristão de Athayde, Rachel de Queiroz, Odylo Costa, Luiz Sucupira, Ivan Bichara, José Américo de Almeida, Argemiro de Figueiredo, Azarias Sobreira e renomadas autoridades culturais, inclusive Ariano Suassuna e Mauro Mota.

    Faleceu em Recife aos 9 de março de 1988 e está sepultado na Igreja Matriz de São José em Caicó, antiga capela do Colégio Diocesano Seridoense, por ele construída e a seu pedido, formulado ao bispo então bispo de Caicó, Dom Heitor de Araújo Sales.

  • Monsenhor Walfredo Gurgel – 1º diretor do CDS

    Nasceu em 02 de dezembro de 1908, na cidade de Caicó - RN. Filho de Pedro Gurgel do Amaral e Oliveira e dona Joaquina Dantas Gurgel. Iniciou seus estudos no Grupo Escolar Senador Guerra, onde fez o curso primário. Queria ser padre, porém, havia uma dificuldade: sua mãe, viúva e pobre, não podia financiar sua estadia no seminário. D. José Pereira Alves, Bispo de Natal, contornou a situação e, assim, em 03 de fevereiro de 1922, ingressava no Seminário de São Pedro o menino caicoense que, após 04 anos, concluía o curso de Seminário Menor.

    Por sua grande competência como aluno ganhou uma bolsa de estudos para cursar filosofia em Roma – IT, e, ao fim dessa graduação, ingressou no doutorado em Direto canônico, retornando ao Brasil em 1932 como sacerdote.

    Foi reitor do Seminário de São Pedro em Natal, onde lecionava várias disciplinas. Homem dinâmico participou, ao lado de outros seridoenses, de luta pela criação da Diocese de Caicó. Essa causa se tornou vitoriosa, com Dom José de Medeiros Delgado nomeado bispo de Caicó. Walfredo Gurgel assumiu a função de vigário-geral. Professor e sacerdote, Walfredo Gurgel se preocupou muito com a educação dos jovens do Seridó. Batalhou então, pela construção de uma escola, a nível de primeiro grau, para os meninos. Em 1942 o seu sonho se realizava com a inauguração do Ginásio Diocesano. Assumiu a sua direção e o ensino de algumas disciplinas. Mons. Walfredo Gurgel foi diretor por duas gestões: de 1942 a 1946 e de 1955 a 1961.

Padroeiro São Luís Gonzaga

São Luís Gonzaga nasceu na Itália no dia 09 de março de 1568. Era filho de Ferrante Gonzaga, marquês de Castiglione e irmão do Duque de Mântua, príncipe do Sacro Império, sendo herdeiro do feudo soberano de Castiglione; seu pai gostaria que seu primogênito seguisse seus passos de soldado e comandante no exército imperial.

Com apenas 05 anos de idade já marchava atrás do exército do pai, aprendendo o uso das armas com os rudes soldados. Recebeu educação esmerada e uma forte educação cristã por parte de mãe. Frequentou os ambientes mais sofisticados da alta nobreza italiana.

Mas aquele menino daria fama à família Gonzaga com armas totalmente diferentes quando foi enviado a Florença na qualidade de pajem do grão-duque da Toscana, aos dez anos de idade.

Luís imprimiu em sua própria vida uma direção bem definida, voltando-se à perpétua virgindade. Em sua viagem para a Espanha, onde permaneceu por alguns anos como pajem do Infante Don Diego, filho de Filipe II, serviu-lhe para estudo da filosofia na universidade de Alcalá de Henares e a leitura de livros devotos. Após ter recebido a primeira comunhão das mãos de São Carlos Borromeu, decidiu para surpresa de todos, pela vida religiosa, entrando para a Companhia de Jesus, derrubando por terra os interesses nele depositados pelo seu pai, tendo sido eternizado na fachada da Sé Nova de Coimbra com uma estátua em sua homenagem.

Luís tornou-se o modelo da pureza para todos os jovens, mesmo em meio às vaidades e tentações do seu tempo. Ele teve uma grande provação por parte do seu pai, que ao saber que desejava ser sacerdote, não só o desaconselhou, mas passou a levá-lo em festas mundanas, até que perguntou a Luís: "Ainda segue desejando ser sacerdote?" "É isto que penso noite e dia", respondeu o jovem e perseverante santo.

Renunciou ao título e à herança paterna e aos catorze anos entrou no noviciado romano da Companhia de Jesus, sob a direção de São Roberto Belarmino. Esquecendo totalmente sua origem de nobreza, escolheu para si as incumbências mais humildes. São Luís Gonzaga escreveu: "Também os príncipes são pó como os pobres: talvez, cinzas mais fedidas".

Algo também que marcava a espiritualidade de Luís era a pergunta que fazia a si mesmo diante de algo importante a fazer: "De que serve isto para a Eternidade?" São Luís Gonzaga teve de ir para Roma no ano de 1590 por motivos de estudo, mas ao deparar-se com as vítimas do contagioso tifo, compadeceu-se dos que sofriam e seu envolvimento foi tanto ao ponto de pegar a doença e morrer no dia 21 de junho de 1591 (data esta que hoje se comemora o seu dia) com apenas 23 anos, em nome da caridade e pureza.

São Luís Gonzaga é considerado padroeiro da juventude e dos estudantes, e seu corpo repousa na Igreja de Santo Inácio de Loyola, em Roma. São Luiz Gonzaga hoje é invocado pela juventude no mundo inteiro e é o patrono do Colégio Diocesano Seridoense, cuja festa, celebramos no dia 21 de junho.